Porque nos candidatamos para o Conselho Geral

Em primeiro lugar entendemos que vos devemos dizer quais são as nossas referências. São pessoas que de certo modo nos acompanham: Florbela, Torga, Cecília, Sophia e Pessoa, pela poesia; Salgueiro Maia, Carlos Fabião e Melo Antunes pela Liberdade e 25 Abril; Fernando Nobre como principal referência cívica.

Cumprimentamos os candidatos Alexandra Vale e João Ribeiro, que apesar das nossas divergências e posturas, entendemos que a Liberdade de expressão é o valor mais precioso da democracia, e que esta Universidade deve ser arauto.

Candidatamo-nos pela UA, que apesar da sua juventude, com apenas 36 anos, se tem afirmado pela excelência da investigação e ensino reconhecidos internacionalmente.

Candidatamo-nos pela democracia, cuja qualidade se tem vindo a degradar na UA nos últimos anos, e que corre o risco de ficar reduzida a uma simples referência nos estatutos e regulamentos.

Candidatamo-nos por uma Universidade em Devir, a cujo processo de transformação não nos podemos alhear e ser indiferentes, e que tem por base essencialmente a justiça social e a liberdade, procurando que na UA haja mais solidariedade e equidade.

Candidatamo-nos por um projecto de Universidade com força moral, cultural e com conhecimento e investigação científica, mas que não seja propriedade de alguns, mas sim de todos aqueles que trabalham nesta comunidade académica, alunos, docentes e funcionários.

Candidatamo-nos para defender e valorizar a nossa diversidade cultural e espiritual e se possível transforma-la numa oportunidade de desenvolvimento.


O seu voto neste projecto da “Universidade em Devir” é indispensável.

Votar é o acto mais sublime que permite e verdadeiro exercício da democracia.

“… Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda… “


de Cecília Meireles “Romanceiro da Inconfidência”